Objetivo ; H.E.M.A. – Portugal

Objetivo?

A regulamentação da prática de artes marciais ocidentais de cariz histórico, estudo e pesquisa de textos, desenvolvimento e ensino das artes marciais históricas ocidentais.

Que armas?

Corto-contundentes, neurobalísticas, pirobalísticas, ofensivas e defensivas que estejam englobadas dentro de textos históricos de referência.

Que épocas?

As épocas estão indexadas aos instrutores e mestres de armas das academias e ou salas de armas aderentes ao projeto HEMA PORTUGAL

Quem pode ser associado?

As associações, academias, agremiações, centros culturais e clubes credenciados e legalizados pelo direito português que praticarem, ensinarem e estudarem as artes marciais históricas ocidentais.

Só poderão ser membros da H.E.M.A – PORTUGAL, associações, academias, agremiações, centros culturais e clubes credenciados com residência em território nacional.

Quem pode praticar?

Todos os indivíduos de sexo masculino e feminino, membros ou associados de associações, academias, agremiações, centros culturais e clubes credenciados e legalizados pelo direito português têm políticas de ensino que diferem dos seus objectivos. Se o seu objetivo for a interpretação e a prática dos textos, todas as idades poderão estar compreendidas no seu método de ensino.

Se o objetivo for a prática desportiva de competição poderá haver limites e deverá consultar previamente a H.E.M.A -PORTUGAL.

Sem Título

Sem Título2Sem Título11Sem Título0Sem Título12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quais os Equipamentos de Proteção?

Via Interpretativa – Geral

Sem Título4                                 Sem Título5                                  Sem Título7

 

                           

 

Sem Título6    Sem Título8

Senhoras

Sem Título9

 

 

 

 

 

Via Competição

Para a prática desportiva e de competição os equipamentos estão de acordo com o tipo de arma a ser usado, mas usualmente são mais complexos.

              Sem Título13              Sem Título14

Competição:

Dois tipos de competição

A Interpretativa

Que refere a interpretação correta dos textos de esgrima histórica com a finalidade da compreensão dos textos e imagens.

                                                         Sem Título15 Sem Título16

A desportiva que implica a utilização de armas com configuração variada:

               Sem Título17

Bastão – faca – espada rapier – adaga – simuladores ou espadas sintéticas – espadas de aço.

                           Sem Título18Sem Título19

 

 

Graduações e Insígnias – H.E.M.A-PORTUGAL

 

Pretende-se com este programa de graduações, que o praticante consiga sólidos conhecimentos técnicos, teóricos e práticos, boas qualidades de observação, adaptabilidade, criatividade, conhecimentos históricos referentes às artes marciais europeias ocidentais, relacionando-os com a evolução da humanidade.

Assistente-Monitor-Instrutor de Armas-Mestre de Armas-Maestro de Armas

Este programa é composto por quatro factores relacionados:

Técnica -Tática- Regulamentos- Enquadramento Histórico.

Se a competência efectiva, relativa a cada um destes factores é importante, não é menos importante a forma como é transmitida.

Pretende-se também, que a formação do praticante promova os valores comportamentais, esperados a um praticante de H.E.M.A – PORTUGAL e que são sucintamente expressos na simbologia das insígnias.

O candidato pode ser Aprovado ou Reprovado.

As quatro competências.

Regulamento – O candidato deve demonstrar conhecer o regulamento da H.E.M.A – PORTUGAL respondendo a questionário oral e também no decurso das provas práticas.

Técnica – O candidato, deve apresentar uma frase de armas a solo, ou num combate simulado com um ou mais adversários, onde demonstre domínio das técnicas de combate correspondentes ao braçal a que se propõe.

Tática – Identificar as ações de ambos os “contendores”, explicá-las, indicar opções em função de ações. Adaptabilidade a todas as circunstâncias do combate: adversário, espaço, tempo, arbitragem e influências externas.

Enquadramento histórico – O candidato deve responder a questionário oral, demonstrando ter adquirido os conhecimentos exigidos para aquele exame.

Mestres de Armas

Fernando Brecha – Academia de Esgrima Histórica.

João Maia – Associação Espada Lusitana.

Ton Puey – Academia da Espada.

Instrutores

Joaquim Moreira – Ordo in Armae

Pedro Fonseca – Sala de Armas do Museu Militar de Lisboa

Paulo Polido – Sala de Armas de Loures

Filipe Martins – Sala de Armas de Algés

Jessica Gomes – Sala de Armas do Estoril

Pedro Brito – Sala de Armas do Estoril

Treinadores HEMA-PORTUGAL

GRAU II

Mestre de Armas Fernando Brecha

Grau I

Instrutor Joaquim Moreira – Sala de Armas Ordo Armae

Instrutor Pedro Fonseca – Sala de Armas do Museu Miitar de Lisboa

Instrutor Paulo Polido – Sala de Armas de Loures

Instrutor Filipe Martins – Sala de Armas de Algés

Instrutor Jessica Gomes – Sala de Armas do Estoril

Instrutor Pedro Brito – Sala de Armas do Estoril

Esgrima em Portugal

A Federação Portuguesa de Esgrima foi criada em 1922, na cidade de Lisboa. Mas a Esgrima já se praticava em Portugal, desde o final do século XIX, desde que o mestre de Armas António Martins fundou o Centro Nacional de Esgrima.

Alguns anos antes da FPE ser criada, deram-se as primeiras competições de esgrima em 1899 e 1900, onde, normalmente, os reis entregavam os prémios.

A Esgrima torna-se bastante popular no século XIX e é ensinada em algumas escolas, no Colégio dos Nobres, no Colégio Militar, no Colégio Académico, entre outros. Também começou a ser praticada nos clubes mais importantes de Lisboa, como o Grémio Literário, o Turf Clube, o Real Ginásio Clube Português, o Ateneu Comercial e outros.

Em 1912, os portugueses participaram nos Jogos Olímpicos pela primeira vez, em Estocolmo, onde Fernando Correia participou, um dos fundadores do Comité Olímpico Português.

Em 1928, Portugal conquista a sua primeira medalha de ouro olímpica.

Foi João Gomes que conquistou a primeira medalha de ouro numa prova da Taça do Mundo. Os portugueses conquistaram também medalhas de prata e bronze em Campeonatos da Europa de Florete e Espada, atingiram lugares nas finais de Campeonatos da Europa e do Mundo e foram campeões da Europa em Florete Masculino, por equipas, em 2000.

Os portugueses participaram durante 7 anos consecutivos nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Na prova de espada participou Joaquim Videira e na prova de florete, Débora Nogueira.

Quem é João Gomes?

João Gomes nasceu a 12 de Julho de 1975, em Lisboa. Detentor de um curriculum imprissionante, é considerado por muita gente como o melhor esgrimista de sempre em Portugal, tendo alcançado várias medalhas internacionais para o nosso páis, na suar arma de eleição – o florete.

Esta carreira excepcional foi corolário de muito trabalho e dedicação à esgrima, modalidade que conheceu aos 11 anos de idade na Venda-Nova (Amadora). Cedo começou a dar nas vistas e sagrou-se pela primeira vez campeão nacional em 1990 no escalão de iniciados.

Foi distinguido com a medalha de prata da Câmara Municipal da Amadora em 1991. Nos anos seguintes venceu vários campeonatos nacionais nos escalões de juvenis e juniores.

Em 1996 alcançou a 1ª medalha internacional individual para a esgrima portuguesa, nos campeonatos da Europa de seniores em Limoges – França, conquistando a medalha de bronze. Voltou a ser distinguido pela Câmara Municipal da Amadora, agora com a medalha de ouro pelo mérito desportivo em 1997 e também foi condecorado pelo estado português com a medalha de bons serviços desportivos. Nesse mesmo ano venceu pela 1ª vez uma prova da Taça do Mundo em Rabat – Marrocos.

Em 1998 João Gomes continuou a sua ascensão no ranking mundial, tendo terminado o ranking mundial em 2º lugar, que foi a sua melhor classificação de sempre.

O ano 2000 foi recheado de êxito, com a obtenção do título de campeão da Europa de seniores por equipas na Madeira, juntando a medalha de bronze na prova individual. Como prémio de todo o esforço e dedicação, alcançou o seu grande objectivo, a qualificação para o Jogos Olímpicos de Sydney em 2000, onde se classificou num honroso 12º lugar.

Em 2003 sagrou-se vice campeão da Europa em Bourges – França, ao que juntou o prémio de fair-play europeu devido à sua conduta exemplar durante os referidos campeonatos.

Em 2004 voltou a qualificar-se para os Jogos Olímpicos de Atenas, mas uma lesão durante a competição não o deixou ir mais longe, sendo afastado prematuramente e classificando-se em 20º lugar.

Contabiliza mais de 220 internacionalizações desde as camadas mais jovens, e venceu por 11 vezes o campeonato nacional de seniores em florete.

Quem é Joaquim Videira?

Nome: Joaquim Filipe Ferreira dos Santos Videira

Data de Nascimento: 12/01/1984, Viseu

Habilitações literárias:

  • Bacharelato em Engenharia Electrotécnica no Instituo Militar dos Pupilos do Exército
  • Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Clubes

Actual: Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar

2004-2006: Centro de Convívio e Desportivo de Vale de Milhaços

2002-2004: Associação dos Pupilos do Exército

1996-2002: Instituto Militar dos Pupilos do Exército

 

Prémios

  • Prémio Anim’Arte – Desporto atribuído pela Revista Anim’Arte
  • Troféus Aquilino Ribeiro – Troféu Desporto atribuído pelo Jornal do Centro, em 2007
  • Medalha Olímpica atribuída pelo Comité Olímpico de Portugal, referente ao ano de 2006
  • Nomeação para Atleta do Ano pela Confederação do Desporto de Portugal, referente ao ano de 2006
  • Prémio Fair Play atribuído pelo Comité Olímpico de Portugal, referente ao ano de 2004
  • Prémio Jovem Esperança da Esgrima atribuído pela Confederação do Desporto de Portugal, em 2004
  • Menção Honrosa do Prémio Juventude atribuído pelo Comité Olímpico de Portugal, referente ao ano de 2002

Quem é Débora Nogueira?
Nome: Débora Patrícia Teixeira Artur Candeias Nogueira
Arma: Florete
Categoria: Esgrima
Naturalidade: Almada
Data de Nascimento: 26/10/1985

Percurso Profissional:

  • Torneio de Qualificação Olímpica (Lisboa), 2º lugar, 2008
  • Campeonato do Mundo St.Petersburgo (Russia), 88º lugar, 2007
  • Campeonato da Europa Grand (Bélgica), 49º lugar, 2007
  • Campeonato do Mundo Turim (Itália), 61º lugar, 2006
  • Campeonato do Mundo Linz (Aut), 68º lugar, 2005

História da esgrima Medieval e Renascentista

Era Medieval

Autoria de Pete Kautz; Tradução de Bruno Cerkuenik

“Não há homem de armas que possa usar cortesia ou bondade para enfrentar seu inimigo” – Fiore dei Liberi, 1410

Durante a Idade Média, por volta dos séculos XIV-XV, os guerreiros da Europa desenvolveram um poderoso estilo de combate que provou ser igualmente vitorioso no campo de batalha em tempos de guerra, nas ruas para suprimir revoltas e para defesa pessoal. Esses homens lutavam duelos pessoais e judiciais até a morte, assim como participavam de batalhas organizadas ou torneios. Embora os torneios possam nos parecer civilizados, e fossem disputados com espadas cegas ou de madeira e juízes, eles normalmente acabavam com homens portando bestas envolvidos na disputa, tentando prevenir que seus cavaleiros fossem derrotados, capturados e usados para pedir resgate mais tarde por outro cavaleiro. Esqueça as noções de cavalaria que você possa ter sobre a vida desses homens – ou eles matavam, ou eles morriam, simples. Quando as guerras avançavam pela Europa, técnicas de combate eram temperadas na forja da batalha, e os guerreiros de cada país aperfeiçoaram suas técnicas para que pudessem passá-las para a próxima geração.

Essas técnicas de matar, conhecidas por homens que lutaram e sobreviveram a muitas batalhas, se tornou parte de uma tradição militar oral, transmitida de um guerreiro a outro. Então, começando por volta de 1300, livros que ensinavam técnicas de luta eram feitos em pequenas quantidades, cada um cuidadosamente reproduzido a mão. Alguns desses livros continham uma pequena quantidade de técnicas ilustradas, mas outras, como o trabalho de Fiori dei Liberi e Hans Talhoffer catalogavam literalmente centenas de técnicas individuais e contra-ataques. Por volta de 1400 esses manuscritos eram produzidos em um número maior, com vários autores escrevendo vários livros durante sua vida. E assim continuou pela Idade Média e pela Renascença, com livros escritos em vários países, embora a maior quantidade viesse do Império Romano-Germânico (Atualmente Alemanha, Áustria e Itália). Essa Era viu o peso do combate corpo-a-corpo Medieval, e essa foi a Era dourada dos “Fechtbuch” ou “Livros de luta”.

I33 – atualmente, o mais antigo manual de esgrima européia.

Contudo, durante a Renascença, por volta dos séculos XVI-XVII, as coisas mudariam com a invenção da imprensa e com os novos professores que aceitavam civis como estudantes. Durante a Idade Média, os livros de combate eram mantidos com os guerreiros profissionais, e as verdadeiras técnicas de matar e suas defesas eram guardadas como segredos. No ano de 1410 o livro Flos Delatorum (Flor da Batalha) o mestre Italiano Fiori de Liberi diz que essas técnicas deveriam ser mantidas em segredos exceto “Para os especialistas em espadas para ajudar os guerreiros em tempos de guerras, revoltas e duelos” e nunca deveriam ser revelados ao povo comum “Que foram criados por Deus sem capacidade como vacas apenas nascem apenas para carregar cargas pesadas”. Fiori nunca mostrou suas técnicas em público, exceto quando as usava em batalha, e ele ensinou a seus estudantes atrás de portas fechadas, fazendo-os jurar segredo sobre o que aprenderam. Ele escreveu seu livro quando estava velho, muito depois de suas técnicas serem necessárias, e sob o serviço do “mais ilustre mestre Niccolo Marquês de Ferrara, Modena, Parma, and Reggio”, Que usaria seu livro para treinar seus cavaleiros.

Em um nível técnico, um dos primeiros elementos chave que você encontra ao ler os livros medievais e que eles contém uma grande quantidade de material de combate desarmado. Um cavaleiro medieval, um Homem-de-Armas, era de se esperar que soubesse combate desarmado e com adagas assim como combate de espada e lança, com o qual os associamos hoje. Nos manuais de sobrevivência no campo de batalha, muitos continham longas seções de ataques desarmados e agarrões, defesa desarmada contra adaga, e combates com adagas. Técnicas desarmadas contra espada e adaga contra espada também eram mostradas. Os manuais mostram travas de juntas sistemáticas, quebras, arremessos, desarmes, contra-ataques, clinches, agarrões e agarrões em solo e mais. O sistema de combate desarmado é também totalmente integrado ao combate de espada e lança, com a maior parte das técnicas mostradas envolvendo algum degrau de trabalho a curta distância.

Você verá técnicas idênticas (particularmente arremessos e travas de braço) feitas com todos as formas diferentes de armas, mostrando a natureza integrada desse sistema. O Cavaleiro medieval realmente entendia como fazer a conexão entre as técnicas essenciais de combate, não importando o tipo de arma. Primariamente, esse era um estilo de luta baseado em armas, que usava agarrões de pé como um complemento às técnicas de combate armado, de maneira similar ao os treinos militares de hoje, usando ataques nos olhos, socos no queixo, joelhadas e chutes baixos. Luta no chão era usado basicamente pra manter o cara no chão tempo suficiente para você sacar sua espada ou adaga e furá-lo, ou segurar ele para os lanceiros possam perfurá-lo.

Somente quando você via essas técnicas usadas em duelos judiciais ou duelos, onde ninguém fosse interferir com a luta, você veria os agarrões como nós vemos hoje, sendo aplicados. Assim como aquelas usadas de pé, você verá enforcamentos, quebras de perna e braços e muitas outras técnicas semelhantes sendo usadas no chão. A armadura era usada pra desgastar e cansar o oponente, e era comum ver homens pegando armas que caíram no chão, ou sacando uma adaga, enquanto agarravam. Os duelos eram grandes espetáculos, com preparações elaboradas de ambos os combatentes, envolvendo orações, banho ritual e mais. Ele deveria andar de seu pavilhão orgulhosamente, em frente a grande platéia, para o campo de batalha, e aí, não haveria ninguém lá alem de dois homens, um juiz e Deus. Muitas imagens que temos desse período mostram imagens nesses padrões.

Além de usar várias outras armas, como a maça ou o machado, o Guerreiro medieval tinha que aprender a usar a armadura que ele vestia como uma arma. Lutar com uma armadura real é bem diferente do que lutar sem armaduras, e os Alemães usavam os termos “blousfechten” e “harnisfechten” pra descrever combate em trajes normais e com armaduras, respectivamente. A armadura de placas e a armadura de anéis daquele tempo incapacitavam muitos ataques de corte e perfuração, permitindo ao usuário chegar perto e lutar com sua espada longa de uma maneira diferente, segurando no meio da lamina com uma mão e usando como uma baioneta, técnica chamada de “halbschwart”, “half-sword” ou técnicas de “meia-espada”, projetadas para entregar estocadas poderosas nas falhas da armadura. Adicionalmente, a armadura seria usada pra desgastar o oponente no solo, e os cotovelos e joelhos pontudos poderiam fazer uma horrível pressão em um oponente sem armaduras. Até os sapatos da armadura (chamadas “sabatons” pelos franceses) vinham com pontas usadas para chutar por baixo das armaduras ou, quando à cavalo, para chutar pessoas caso chegassem muito perto de você.

Lutar em cima de um cavalo era outra técnica importante que um cavaleiro tinha que aperfeiçoar. A lança (Long Spear ou Lance) era usada, junto com a maça e a espada, de cima do cavalo. Fiore dei Liberi, entre outros, também mostrava muitas maneiras de usar as técnicas de agarrão para tirar o adversário de seu cavalo, lado a lado. Ao lutar em um cavalo de guerra, um cavaleiro era uma força imponente no campo de batalha. Pesando quase uma tonelada com seu cavalo, e viajando a 35 milhas por hora, um cavaleiro montado deveria inspirar um verdadeiro terror em qualquer soldado o enfrentando a pé.

Essa completa arte de combate desarmado Ocidental é muito mais antiga que estilos comparáveis como Jiu-Jitsu, Chin-Na, Aikido, ou Hapkido. A maior parte de das artes marciais ensinadas hoje tem mais ou menos 100 anos e podem ou não ter relação com combate mortal. Muitos praticados hoje são ensinados para manter a saúde ou como meditação. Nos livros de combate Medievais, são ensinadas técnicas com mais de 500 anos de idade, e eram usadas para matar. Muitos irão falar da “Descendência dos Samurais” ou do “Espírito Shaolin”, fazendo-os parecer mais antigos, ma qual é a história verdadeira das técnicas do que eles ensinam? Elas foram desenvolvidas em separado, ou foram inspiradas em uma arte mais antiga? Com o Ocidente, a história das artes de combate foi preservada através dos manuais escritos dos mestres que sabiam que elas seriam usadas, tanto no campo de batalha como na rua.

Renascença

“Nesses tempos modernos, muitos homens são machucados por não ter armas ou conhecimento do seu uso”

–  Achille Marozzo, 1536

Durante a Renascença, entre os séculos XVI-XVII, houve muitas mudanças nos estilos das espadas Européias, e um novo estilo evoluiu baseado nos antigos métodos de combate do período medieval. Basicamente, foi uma mudança do estilo de combate militar para ser utilizado em larga escala por civis, e usado em treinos em “academias” para aqueles que pudessem pagar. Além disso, com a invenção da imprensa, começou uma produção em larga escala de manuais de treino, com muitos sendo traduzidos e vendidos. Antes desse tempo, esses manuais eram o segredo de guerreiros profissionais e as verdadeiras técnicas assassinas e suas defesas eram muito bem guardadas, mas essa tradição de segredo mudou quando os professores renascentistas os vendiam a audiência que possuía dinheiro para pagar para aprender essas “técnicas de combate formal”. Na renascença, com a evolução na cultura urbana, a leve rapieira ou sabre se tornou a arma do povo, enquanto no uso militar, crescia o treinamento em armas de fogo e formação de lanças para a guerra, diminuindo a importância de combatentes individuais e da espada. Alguns mestres, particularmente os Ingleses, preferiam os antigos métodos, e uma das maiores queixas do famoso mestre George Silver sobre a “nova” rapieira é que ela não tinha uso em tempos de guerra, e que os homens deveriam utilizar as antigas e pesadas espadas militares.

O primeiro manual a ser mecanicamente reproduzido para a venda foi Opera Nova (“The New Work”) de Achille Marozzo em 1536, e os espadachins ocidentais sempre consideraram esse trabalho como um dos mais importantes manuais de luta. Marozzo não somente publicou seu livro mas também ensinou muitos professores, e foi o primeiro Mestre a atravessar a fronteira entre os militares, a polícia, os artistas marciais e os cidadãos informados. Ele cobria ambas as velhas armas militares como a espada longa e lança, assim como as novas armas civis, como as espadas de corte e estocada e a rapieira, assim como o pequeno buckler (Broquél). Ele também incluiu uma longa seção de combate desarmado, e até a metade de 1600 não se viu nada desse tipo na Europa, em termos de combate desarmado. Vinte e duas técnicas são mostradas nessa seção, duas delas mostram faca com faca e as outras vinte mostram várias técnicas de ataque desarmado contra faca.

Marozzo, então, é o elo que une os estilos Medievais e os novos estilos Renascentistas. O que ele mostra é uma versão condensada dos tipos de movimentos usados nos sistemas italianos iniciais, como o usado por Fiore dei Liberi e documentado no seu Flos Dellatorum em 1410. Dei Liberi mostrou mais de 100 técnicas individuais de combate corpo a corpo e agarrões, que Marozzo destilou em 22 técnicas. Uma importante diferença entre os dois era o que Marozzo deixava fora de seu livro. Enquanto Fiore mostrava diversos contragolpes para todos os seus movimentos, Marozzo não os menciona nem como uma possibilidade. Nesse sentido, o trabalho de Marozzo parece muito “otimista” pois as técnicas funcionariam como o planejado e “contragolpes e seus contragolpes” não eram explorados.

Isso de nenhuma maneira reduz a importância do trabalho de Marozzo, e muitos praticantes estudaram e ensinaram os seus métodos, e muitos esgrimistas declaram que ele foi o “Pai da Esgrima Moderna” e “O Primeiro Professor Científico”. O grande esgrimista e historiador Alfred Hutton era fã dos métodos de ataque desarmado contra adaga de Marozzo e incluiu 14 das suas 22 técnicas em seu livro “Cold Steel”, de 1889. Hutton foi um dos mais da moderna pesquisa sobre a verdadeira arde de combate de espadas Ocidental, e seus trabalhos “Cold Steel” e “Old Swordplay” são bons pontos de partida.

Depois de Marozzo, a maioria dos livros produzidos durante a Renascença cobria puramente os aspectos civis da arte da espada, embora o manual de Giacomo DiGrasi, “True Art of Defense”, de 1594 ainda incluía as armas militares Espada de Duas Mãos, Alabarda (Halberd) e Lança. Com poucas dessas notáveis exceções, a maior parte dos manuais do século XVI focava em rapieiras, ou rapieiras em conjunto com adaga, broquél, capa ou uma outra rapieira. Infelizmente, as técnicas de uso de adaga como única arma eram ignoradas na maioria dos manuais da época, e as técnicas de combate desarmado eram apenas mencionadas como técnicas de suporte ou desarme, para quando se estava perto demais para usar a espada de modo eficiente, e não mais eram ensinadas como parte de um amplo espectro de técnicas que um espachim deveria ter.

Quando a adaga é mencionada como única arma na Renascença, a tática medieval de cortar a mão do oponente que empunha a faca é freqüentemente descrita, tática usada em várias tradições por acabar rápido com brigas. Outras técnicas básicas demonstradas eram fintas por cima e por baixo para abrir ataques na outra, assim como arremesso ou um arremesso falso eram também mencionados. Quanto a arremessos de adagas, era comumente usado um feito por baixo da mão (underhand), no qual a faca ia com a ponta para frente, sem giro.

No fim da Renascença, os estilos de arte da espada mudariam novamente para o uso de espadas menores, mais leves e especializadas em estocadas, e a adaga seria descartada. Essas espadas se tornaram a marca dos “gentleman” e eram usadas em duelos de honra. As técnicas se tornaram mais e mais refinadas e longe da realidade do campo de batalha Medieval. Eram movimentos rápidos e atléticos, que deveriam sem empregados de maneira ligeira, com cada bloqueio sendo respondido com uma estocada. Com o tempo, esse estilo foi se espalhando até chegar aos militares e acabou se tornando a Esgrima Clássica dos Jogos Olímpicos de hoje.

Recentemente, diversos grupos em diversas partes do mundo começaram a procurar as raízes dos estilos de espada usadas originalmente na era Medieval, e essa arte aos poucos vem sendo resgatada dos antigos manuais.

Esgrima

História da esgrima, regras, pista, competições, florete, espada, sabre, equipamentos da esgrima, benefícios


Esgrima: combate esportivo
Esgrima: combate esportivo

 

O que é  

 

A esgrima é um esporte de combate em que os competidores (esgrimistas) utilizam armas brancas (florete, sabre e espada) para atacar e defender.

 

História da Esgrima 

 

Relatos da prática da esgrima remontam o século XVI. Há relatos desta época, em manuscritos europeus, que mostram a prática deste esporte. Na França, no período do absolutismo (séculos XVII e XVIII), havia competições de lutas com a utilização de sabres e espadas. No ano de 1896, nos Jogos Olímpicos de Atenas, a esgrima fez parte do quadro de modalidades esportivas. A prática da esgrima chegou ao Brasil durante o período Imperial. Já no começo do século XX, militares do Rio de Janeiro adotavam a prática da esgrima durante os treinamentos.

 

Regras (pontos, armas e equipamentos)

 

– Uma luta de esgrima tem a duração de três assaltos, sendo que cada um tem a duração de três minutos.

 

Na esgrima são utilizadas três armas brancas: florete, espada e sabre. A espada e o florete, que medem 1,10 m, podem ser usados no combate somente para atingir o adversário com a parte da ponta. O esgrimista ganha pontos, quando toca a região do tronco do adversário com o florete. A espada pode ser usada para atingir qualquer parte do corpo do adversário. Já o sabre (com até 1,05 metro) pode ser usado para atingir, com a ponta ou lâmina, a região da cintura ou acima.

 

Cada vez que um esgrimista toca o colete do adversário é marcado o ponto eletronicamente, através de sensores. Ganha o combate, o esgrimista que somar mais pontos.

 

Os esgrimistas usam roupas especiais para o combate, com o propósito de evitar ferimentos. Máscara metálica, luvas e colete protetor são equipamentos obrigatórios para os homens. Além destes equipamentos, as mulheres usam também protetores para os seios.

 

Pista (local dos combates)

 

A pista de esgrima possui de 1,5 m a 2 m de largura e 14 m de extensão. Há uma linha que divide a pista em dois lados iguais. No fundo de cada lado há uma área (de 1,5 m a 2 m) em que o esgrimista atacado não pode entrar.

 

Competições de Esgrima

 

– A competição mais importante da esgrima ocorre durante as Olimpíadas. Esta modalidade esportiva, tanto para homens quanto para mulheres, fez parte das Olimpíadas 2012 de Londres e do Rio 2016.

 

– Outra competição muito importante é o Campeonato Mundial de Esgrima, realizado todos os anos (exceto nos anos em que há Jogos Olímpicos).

 

Benefícios da prática de esgrima

 

– Aumento da força, equilíbrio e habilidades corporais;

– Melhoria da resistência muscular;

– Melhorias na agilidade de pensamento, raciocínio e tomada de decisões;

– Desenvolvimento da coordenação motora;

– Desenvolvimento do poder de concentração.

 

Confederações e Federações

 

– A FIE (Federação Internacional de Esgrima) realiza competições e eventos em nível internacional. No Brasil, a CBE (Confederação Brasileira de Esgrima) organiza os campeonatos nacionais.

 

Curiosidades:

 

– Atualmente, as grandes potências mundiais da esgrima são: Itália, Coreia do Sul, França, Rússia e Hungria. A Rússia conquistou 7 medalhas no esporte nas Olimpíadas do Rio 2016. Foram 4 de ouro, 1 de prata e 2 de bronze.

 

– A esgrima esteve presente em todas as edições dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, ou seja, desde 1896.

 

– As categorias da esgrima que fazem parte das Olimpíadas são: florete individual, espada individual, sabre individual, florete por equipes, espada por equipes e sabre por equipes.

 

– A principal competição de esgrima em nível mundial é o Campeonato Mundial de Esgrima. Em 2017, o evento ocorreu em Leipzig (Alemanha), entre os dias 19 e 26 de julho. A equipe italiana ficou em primeiro lugar no quadro de medalhas com 4 de ouro, 1 de prata e 1 de bronze. O próximo Campeonato Mundial ocorrerá em Wuxi (China), em 2018.

 

– Flecha é um termo usado na esgrima para fazer referência a um ataque veloz, cujo adversário é pego de surpresa.

O Traje Adequado para Praticar Esgrima

A vestimenta na esgrima é branca, segundo a tradição. Os esgrimistas devem usar:

  • Jaqueta (ou casaco de esgrima);
  • Calças;
  • Luvas adequadas, consoante seja para uso de florete, espada ou sabre;
  • Fios elétricos. Antes do aparecimento dos sensores, as armas usavam giz na ponta ou eram mergulhadas em tinta. Será necessário o fio-de-corpo e o fio-de-máscara;
  • Arma (florete, espada ou sabre). O florete, sendo a arma mais comum e considerada a melhor para iniciar a aprendizagem, terá um comprimento de lâmina entre 90 e 110 cm; peso até 500 g; lâmina flexível. A Espada terá um comprimento máximo de 110 cm; peso até 770 g; a lâmina é dura, a mais rígida de todas as armas. O sabre terá um comprimento máximo de 110 cm; peso até 500 g; lâmina muito flexível, apropriada para os duelos mais violentos, permitindo uma agilidade extrema e requerendo grande rapidez e preparação física, até porque o toque é considerado não só pela ponta, como também pela lâmina;
  • Fencing maskMáscara. Existem quatro tipos de máscaras: máscara de florete com viseira transparente (atualmente proibida, devido a incidentes em competições), máscara de florete com babete condutor, máscara de espada e máscara de sabre;
  • Proteção: O plastrão, também chamado plastrom ou plastron, é um tipo de avental que serve como almofada, funcionando como proteção para o esgrimista. Para colocar por cima do colete elétrico (gilet, gile ou gilê), que é usado nas 3 armas, temos o gilet de florete ou o gilet de sabre, consoante a modalidade praticada;
  • Protetores especiais de seios, para as mulheres. Utiliza-se também a proteção especial de peito e coquilha, para homens;
  • Ténis. Deverão ter especial aderência à pista e amortecimento com absorção de impacto;
  • Meias brancas e até ao joelho, pois têm de cobrir a perna (até ao início das calças).

Informe-se com um profissional, conforme a arma que considere escolher. Há inúmeros equipamentos e preços. Verifique as melhores opções, em função do seu orçamento.

História da Esgrima – as Armas Medievais

A história da esgrima começou há mais de 3000 anos. Não foi iniciada como um desporto, mas como uma forma de combate sem regras estabelecidas, para combate corpo-a-corpo, a maioria das vezes até à morte. Existem inúmeras representações de lutas com espadas, que remontam a tempos anteriores aos egípcios, indianos, gregos, japoneses, árabes e romanos, entre outros povos. Antes de ser praticada como desporto, esta arte erHistory of fencinga realizada em combates militares, duelos, torneios ou como simples forma de autodefesa.

Em termos medievais, são consideradas duas escolas: a alemã, influenciada por Johannes Liechtenauer, e a italiana. Posteriormente, desenvolveram-se a escola espanhola (que mais tarde entrou em declínio) e a francesa. Com o século XVI, esta arte adquiriu uma vertente desportiva, conquistando especial predominância as escolas italiana e francesa, já no século XVIII, considerado como o século do início da esgrima moderna, como ainda hoje a entendemos.

Em 1891, foi introduzida nos Estados Unidos da América como desporto de competição. Passou a fazer parte das modalidades olímpicas desde os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, em 1896.

São geralmente considerados 3 períodos da esgrima: o período Antigo, marcado pela esgrima de alto impacto, com espadas grandes e pesadas; o Moderno, com o desenvolvimento da técnica e de tratados escritos; finalmente, o Contemporâneo, com a invenção da máscara e a entrada da esgrima nos Jogos Olímpicos da era moderna.

Na Idade Média, a espada era o instrumento de guerra favorito, seguido pela lança e o arco. Tinha diversos formatos e tamanhos, dependendo do país. Algumas das mais conhecidas são: a espada, o florete, o sabre, a katana, a masamune, a montante, a rapieira, o gládio e o espadim, entre outras armas brancas, cuja diversidade é grande e fortemente ligada aos países/regiões onde foram utilizadas.

Os diversos tipos de espadas estão ligados às suas características específicas e ao uso pretendido. Os mestres forjadores conseguiram ao longo dos tempos inovar e dar à espada um lugar próprio em toda a História, ao ponto de mesmo com o advento das armas de fogo ela continuar a ser utilizada, isto até aos dias de hoje.

História da Esgrima

Desde muito cedo, talvez dos egípcios ou da Antiga Grécia a esgrima já existiria, havendo gravuras que comprovam isso ilustrando lutas com espadas entre homens.

A esgrima agora é um esporte mas antigamente era muito mais que isso. Era uma forma de combate, não era algo com regras, tinha o simples objetivo de sobreviver.

Com o passar do tempo as próprias espadas foram também mudando e acabaram por surgir variadíssimos tipos de espadas.

Desde a Idade Média, mais ou menos a partir do início do século XV, que começaram a surgir escolas que ensinavam várias técnicas e estilos aos soldados para que eles ficassem cada vez mais hábeis com a espada por toda a Europa, sendo as principais forças a Alemanha, França e Itália.

O esporte foi surgindo com o passar do tempo e também devido ao abandono das espadas com o aparecimento das armas de fogo, e em 1896, nos primeiros Jogos Olímpicos modernos, a esgrima foi um dos desportos que estava presente.

Desde então a esgrima tem vindo a ser uma modalidade Olímpica com as diversas variantes (Florete, Espada e Sabre) sendo adicionadas ao longo do tempo assim como a participação das mulheres nas Olimpíadas.

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Armas/Espadas da Esgrima

As armas na esgrima podem variar entre três versões, cada uma com caraterísticas diferentes e também com diferentes regras na competição em si. Vamos ver agora quais são e as diferenças entre elas.

Florete

Este é a arma mais comum para os praticantes de esgrima, sendo esta a arma pela qual os iniciantes aprendem esgrima. É uma arma versátil devido á sua flexibilidade e por ser bastante leve (mais que a Espada). Mede cerca de 90 centímetros com a lâmina, possuindo ainda o copo (a parte que protege a mão da lâmina) e a pega.

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Tradicionalmente esta arma era a única arma usada pelas mulheres nas competições, sendo que essa realidade mudou com o passar dos anos.

A única zona válida para o toque é o torço do oponente.

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Espada

A espada ao contrário do Florete e do Sabre, é uma arma mais rígida e isso traz vantagem a jogadores mais altos e tira aquela vantagem que os mais versáteis têm nas outras categorias,

Este fato esta comprovado, fazendo uso da sua altura para ter um maior alcance. Com a Espada, todo o corpo é valido para o ataque, então a posição deve ser mais direita e não muito flexionada porque assim o joelho fica muito á frente e isso seria um ponto fraco visível do jogador.

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Sabre

Esta arma é a mais flexível de todas, ao ponto de quase parecer um chicote quando agitada com força e isso faz com que mesmo bloqueando a lâmina possa dobrar na sua arma e tocar-lhe na mesma.

Os combates com o Sabre são bastante rápidos e por isso é preciso bastante destreza e capacidade física. Não só por isso mas também porque ao contrário das outras que apenas conta o toque com a ponta, esta pode tocar com qualquer parte da lâmina.

A zona de toque válido é o torso e os braços.

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Pista de Esgrima

A pista de esgrima tem como medidas 14 metros de comprimento e varia entre 1,5 e 2 metros de largura. Essa mesma pista é dividida em várias zonas como vai poder ver na imagem abaixo.

Possui uma linha a meio dividindo a pista em dois, 7 metros para cada lado.

Depois tem duas linhas de guarda, cada uma delas a 2 metros da linha central.

Nas extremidades da pista, numa zona de 2 metros de comprimento esta uma zona chamada de Signalis, sendo esta normalmente de outra cor e serve de aviso aos esgrimistas que eles estão quase a sair da zona válida da pista.

E por fim, depois da zona Signalis há a área de Recuo Final, tendo ela entre 1,5 a 2 metros e é feita de metal condutivo.

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Árbitro

Este é o responsável por ver se todas jogadas são válidas e controlar todo o combate, tendo como funções principais:

  • Conhecer as regras básicas de acordo com o Regulamento da FIE nas 3 armas.
  • Chamar os esgrimistas em pista.
  • Dirigir o match.
  • Verificar o material, as vestimentas, a segurança e as marcas de controle.
  • Supervisionar seus assistentes.
  • Manter a ordem.
  • Sancionar as faltas.
  • Outorgar os toques.

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Combate de Esgrima Moderno

Atualmente é usado um sistema elétrico para facilitar a função do árbitro assinalando quando existe algum toque por parte de algum dos esgrimistas (principalmente no florete e no sabre), funcionando tudo através de corrente elétrica.

Existe um Aparelho Eletrónico que se situa entre o árbitro e a pista e que assinala o tempo do match, a pontuação e quando existe um toque, acendendo luzes de cores diferentes, assinalando assim qual foi o esgrimista que efetuou o toque.

Este sistema funciona porque existem umas enroladeiras, parecidas com um carretel, no final de cada extremidade da pista, que esta a esticar os fios que ficam presos ao esgrimista e que fazem a transmissão da corrente elétrica.

Como cada arma tem zonas de contato valido diferentes, a própria roupa também varia um pouco, usando diferentes tipos de malhas elétricas, caso a zona válida inclua as pernas ou os braços.

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Equipamentos de Esgrima

A esgrima possui vários equipamentos para que seja possível ser praticada e muitos deles especiais por causa do sistema elétrico. Vamos ver todos os equipamentos necessários para tal.

Uniforme

Este é feito de um tecido resistente e reforçado nas axilas para que protega o esgrimistas de toques mais violentos e evitando assim qualquer tipo de ferida. Pode ser de várias cores e ter o nome do esgrimista nas costas junto com a abreviação do país.

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Máscara

Esta é feita de fios de aço entrelaçado com o intuito de proteger o rosto e cabeça do esgrimista. Também possui uma parte almofadada, chamada de Babador, que protege a zona do pescoço de algum toque.

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Luvas

A luva também é almofadada e deve ir até pelo menos metade do antebraço. Só se usa uma luva na mão que empunha a arma, sendo por ela que o fio que liga a arma à enroladeira passa de forma a assinalar quando existe algum toque.

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Ténis

Os ténis devem ser leves e que tenham uma sola que tenha boa aderência e permita paragens e mudanças de direção rápidas.

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Meias

Até as meias têm regras… Elas devem ser compridas ao ponto de ficarem por cima do joelho.

Regras Básicas de Esgrima

Vamos agora listar algumas das regras básicas de esgrima:

– Antes de colocarem as máscaras, os esgrimistas devem se cumprimentar usando as espadas e depois cumprimentar o árbitro e os auxiliares. Após isso já podem colocar as máscaras.

– No Florete e na Espada, apenas o toque com a ponta da arma é valido, mas quando é usado o Sabre, toda a lâmina pode ser usada para alcançar um toque válido.

– Se um esgrimistas perder a arma durante o confronto, se for quem esta a atacar que a perder, então o outro pode efetuar um toque (tendo também algum cuidado) e ele será válido. Se quem perder a arma for quem esta a defender, então por uma questão de ética, o combate é pausado e só é retomado quando os dois esgrimistas estiverem de novo em posição para combater.

– No caso de um esgrimista fugir do adversário pela lateral da pista, ele é obrigado a recuar um metro e o combate retoma-se. Se ele fugir pelo fundo da pista, então é dado o ponto ao adversário.

 

As Armas de Esgrima- Rei das Espadas

 


Espada

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esgrima;toques;zona válida;epee
gif; epee; fencing; esgrima

Comprimento máximo (total) – 110 cm

Comprimento máximo da lâmina – 90 cm

Peso – 770 gr

 

 

A espada tem uma zona de toque total, ou seja, pode tocar-se desde os pés até à cabeça.

 Na espada não há prioridades, logo quem toca primeiro fica com o toque. No caso de tocarem os dois aos mesmo tempo é dado duplo, ou seja, um toque a cada um dos atletas.

 

Dadas as características da arma, o jogo de espada é um jogo de paciência, onde se tem de levar o adversário a cometer um erro.


Florete

Comprimento máximo (total) – 110 cm 

Comprimento da lâmina – 90cm 

Peso – 500gr

 

 

O florete já tem uma zona de toque restrita. Esta está delimitada por um gilet, em forma de colete, de malha metálica (geralmente cinzento) que ocupa o tronco do atleta. Unicamente toques dentro desta área são válidos, excluindo assim toques à cabeça, braços, mãos, pernas e pés.

 

Esta arma tem também prioridades, ou seja, regras que levam à atribuição do toque a um dos atletas, uma vez que não são válidos toques duplos.

 

O jogo de florete é mais rápido e menos paciente que um jogo de espada.

 


Sabre

Comprimento máximo (total) – 105 cm 

Comprimento da lâmina – 88 cm 

Peso – 500 gr 

 

 

O sabre também tem uma zona de toque restrita, maior do que a do florete, são permitidos toques da cintura para cima, incluindo braços e cabeça.

 

Esta arma tem uma característica única, não tem ponta, logo os toques são dados com a lâmina.

 

As regras e prioridades são idênticas às do florete, diferindo, por exemplo, que num jogo de sabre não se pode cruzar as pernas.

 

O jogo de sabre é muito rápido, talvez o mais rápido de todas as armas